O lutador ponta-grossense Rickson Zenidim, o “The King”, disputa nesta sexta-feira, dia 23 de maio, o cinturão da categoria peso galo (61 kg) na Fusion Fighting Championship (FFC), em Lima, no Peru. A pesagem e a encarada oficial entre os lutadores aconteceram nesta quinta-feira (22), às 14h (horário de Brasília). O evento será transmitido ao vivo pelo UFC Fight Pass e é considerado o principal da modalidade na América Latina.
O adversário de Rickson, Miguel “No Mercy” Meza, tem 23 anos e soma seis vitórias em seis lutas no MMA profissional. Já o atleta ponta-grossense possui um cartel com 19 vitórias, duas derrotas e um empate, além de estar em uma sequência de cinco vitórias consecutivas. A luta pelo cinturão será a principal do evento.
Rickson faz parte da equipe Zenidim, conhecida em Ponta Grossa pela atuação na formação de atletas nas artes marciais. O patriarca da família, Paulo Zenidim, também é lutador profissional de MMA e hoje treina os filhos e os acompanha nas competições. A participação de Rickson na FFC representa a continuidade da trajetória da família no esporte e ocorre em um momento em que o atleta busca ampliar sua visibilidade fora do Brasil.
A oportunidade é vista como um passo decisivo na carreira. “Com certeza é uma oportunidade muito boa para entrar pela porta da frente do UFC”, afirma Paulo. Ele cita outros atletas que passaram pela organização, como Michel Pereira e Valentina Shevchenko, e reforça a importância da visibilidade que o FFC oferece, por ser transmitido globalmente. Rickson venceu nomes importantes, como o ex-lutador de UFC, Carlos Huachin, e agora chega à disputa pelo cinturão como um dos principais nomes da organização.
Sobre a preparação para o combate, Paulo explica que não seguem o modelo tradicional de camp. “Somos diferentes, por ser uma família e treinar em casa. A gente nunca para os treinos”, diz. Segundo ele, o time está sempre em movimento, competindo em várias modalidades. A estratégia muda conforme o adversário, mas a base sólida permanece. “Se o cara quiser chegar ao UFC, ele tem que estar completo, tanto na parte em pé quanto no chão.”
O adversário, o peruano Miguel Meza, tem um jogo perigoso, mas Paulo acredita na experiência técnica de Rickson. “O Muay Thai do Rickson é muito melhor, tem mais experiência, se movimenta mais. O Meza é mais paradão, usa mais os braços, não tem muito volume de golpe.” Ainda assim, o time está preparado para todas as situações. “Sempre buscamos o nocaute ou a finalização”
Rickson Zenidim representa uma nova geração de atletas formados em Ponta Grossa. A academia é conhecida por seu trabalho de base e pela atuação em competições nacionais e internacionais. “Desde meus primeiros passos estou dentro dos tatames, ringues e octógonos. Então isso já me preparou para viver tudo o que estou vivendo hoje, através da experiência da família, do meu pai e meu irmão mais velho”, diz o lutador. Rickson ainda afirma que se sente privilegiado e honrado em representar o legado da família. “Acompanhar o legado desde pequeno me trás muita alegria, confiança e propósito, porque onde estamos hoje, vivendo da nossa profissão, é algo surreal”.