Na manhã da última segunda-feira (14), a Polícia Civil de Ponta Grossa agiu rapidamente após receber informações de que uma mulher de 29 anos sofreu uma tentativa de homicídio durante a madrugada no bairro Ronda. A vítima teria escapado dos agressores ao fingir estar morta, após ser esfaqueada e agredida, e conseguiu se esconder em uma casa próxima ao local dos fatos.
O caso ganhou desdobramentos quando as autoridades relacionaram este ataque ao brutal assassinato de Thainá, de 22 anos, que foi encontrada queimada e mutilada no mesmo bairro no último sábado. De acordo com a polícia, a jovem que sobreviveu ao ataque desta segunda-feira identificou os agressores como os mesmos que atacaram Thainá.
Equipes do Setor Operacional e Setor de Homicídios localizaram um dos suspeitos em uma residência, onde ele tentou resistir à prisão, lutando com os policiais. Com ele, foi encontrada uma faca e uma pedra de crack pronta para ser fracionada e vendida. O homem foi preso em flagrante e levado à delegacia.
Coincidentemente, o segundo suspeito, que havia se envolvido em uma briga e buscou atendimento médico na UPA, foi reconhecido pela vítima que estava no local para tratamento dos ferimentos. A equipe da UPA acionou a Polícia Militar, que rapidamente efetuou a prisão.
Conforme relato da sobrevivente, ela e Thainá foram torturadas e agredidas na madrugada de sábado, sob a acusação de terem furtado um celular. Em um momento de despedida, antes de ser levada para a mata onde foi morta, Thainá teria olhado para a amiga e dito que a amava, ciente do que estava para acontecer.
Ambos os suspeitos foram presos em flagrante, respondendo por tentativa de homicídio e tráfico de drogas, e um deles também é investigado por outro homicídio no mesmo bairro, ocorrido em setembro, no qual um homem foi espancado até a morte. As autoridades continuam investigando o caso para esclarecer todos os detalhes e possíveis conexões entre os crimes.