Polícia Penal inaugura fábrica de absorventes em unidade prisional de Ponta Grossa

Estimativa é produzir 1,2 mil absorventes higiênicos por mês para atender todas as mulheres privadas de liberdade no Estado. Com a futura expansão da produção, comunidades vulneráveis também serão beneficiadas, ampliando o alcance social do projeto.
Polícia Penal do Paraná inaugura Fábrica de Absorventes em unidade prisional de Ponta Grossa

A Polícia Penal do Paraná (PPPR), em parceria com o Conselho da Comunidade e a Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), inaugurou nesta quarta-feira (26) uma fábrica de absorventes na Cadeia Pública Hildebrando de Souza, em Ponta Grossa, nos Campos Geraios. O projeto visa garantir este item de higiene a todas as mulheres privadas de liberdade no Estado.

Quatro apenadas receberam qualificação profissional para atuarem no setor de trabalho da nova fábrica produzindo os materiais absorventes. As mulheres recebem pecúlio do Fundo Penitenciário do Paraná e remição de pena. A cada três dias de trabalho, um é reduzido da pena a ser cumprida.

A estimativa é que aproximadamente 1.200 absorventes sejam produzidos por mês. Com a futura expansão da produção, comunidades vulneráveis também serão beneficiadas, ampliando o alcance social do projeto. O Conselho da Comunidade contribuiu com a máquina e os insumos.

O diretor da Regional Administrativa de Pronta Grossa, William Ribas, ressalta que a colaboração entre as instituições envolvidas demonstra o poder da cooperação interinstitucional em prol de causas sociais.

“Estamos comprometidos em melhorar as condições de vida das apenadas e contribuir para uma sociedade mais justa”, disse.

O diretor da Cadeia Pública Hildebrando de Souza, Jean Fogaça, afirmou que a instalação da fábrica na unidade representa um avanço significativo na promoção da saúde e dignidade das custodiadas.

“Este projeto não só atende a uma necessidade básica, mas também oferece uma oportunidade de capacitação e ressocialização”, afirmou.

A idealizadora do projeto é Isabella Danesi, ex-aluna da UEPG e hoje voluntária do projeto.

“Com essa fábrica estamos garantindo que as mulheres encarceradas tenham acesso a produtos essenciais para sua saúde e bem-estar. Este é um passo significativo para promover a igualdade e a justiça social dentro do sistema prisional do Paraná”, disse.

A UEPG apresentou o projeto de extensão para a Fundação Araucária, que liberou a verba para o pagamento dos extensionistas que atuam no projeto.

O professor Rauli Gross, chefe do gabinete da Reitoria da universidade, enfatiza que a instituição está empenhada em aplicar o conhecimento acadêmico em projetos que gerem impacto social.

“Participar deste projeto nos permite contribuir diretamente para a melhoria das condições de vida das mulheres no sistema prisional, além de fornecer uma experiência prática valiosa para nossos estudantes”, afirmou.

Com informações da Agência Estadual de Notícias

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