A OceanGate, empresa responsável pelo submarino que desapareceu e implodiu durante uma visita aos destroços do Titanic na última semana, ainda está oferecendo ingressos para duas expedições programadas para o próximo ano. Os interessados podem verificar a disponibilidade no site da empresa, onde estão listadas duas viagens: uma entre 12 e 20 de junho e outra entre 21 e 29 de junho.
O submarino chamado Titan possui espaço para cinco passageiros e um piloto, oferecendo acomodações privadas e refeições a bordo. O custo dos bilhetes é de US$ 250 mil, o que equivale a cerca de R$ 1 milhão. Além do transporte, os compradores terão acesso a treinamentos necessários para a viagem, bem como aos equipamentos de expedição.
A jornada tem início em Newfoundland, no Canadá, e percorre cerca de 600 km pelo Oceano Atlântico. O transporte leva aproximadamente oito horas até os destroços do navio, localizados a uma profundidade de 3.800 metros abaixo da superfície.
É interessante observar que a empresa continua divulgando essas expedições mesmo após o desaparecimento de um submersível no dia 18 de junho. Posteriormente, em 22 de junho, a Guarda Costeira dos Estados Unidos encontrou os destroços do submarino e confirmou a morte dos cinco tripulantes devido à implosão da embarcação.
Ações contra a OceanGate
Após o incidente, várias ações judiciais foram movidas contra a OceanGate. Em uma delas, a empresa de viagens inglesa Henry Cookson Adventures Ltd. acusou a OceanGate de não possuir um “navio navegável” para transportar até nove passageiros ao Titanic em uma viagem programada para 2018. O diagnóstico foi realizado quando a empresa do submarino ofereceu uma parceria em 2016.
Além das polêmicas, o portal norte-americano TMZ revelou um documento da empresa que isenta a OceanGate de qualquer responsabilidade por danos que os passageiros possam sofrer durante a viagem.
O contrato declara: “Eu, (nome do passageiro), reconheço que me inscrevi voluntariamente para participar de uma operação submersível organizada pela OceanGate Expeditions”.
Posteriormente, a BBC News revelou que a organização demitiu um especialista em 2018 que havia alertado sobre possíveis falhas de segurança no submarino. David Lochridge foi dispensado após questionar o uso de fibra de carbono no Titan.