A praia Central de Balneário Camboriú, um dos principais destinos turísticos de Santa Catarina, continua enfrentando desafios com a qualidade da água. Mesmo após o alargamento da faixa de areia em 2020, dos 10 pontos monitorados, 7 estão com qualidade ruim e outros 3 permanecem péssimos, segundo dados divulgados pelo governo estadual.
Antes da intervenção, a situação era bem diferente: 7 pontos tinham qualidade boa e apenas 3 eram classificados como ruins.
Para entender os critérios de avaliação, a água é considerada boa quando está própria em todas as medições. Regular é quando está imprópria em até 25% das amostras; ruim, entre 25% e 50%; e péssima quando mais da metade das medições indicam impropriedade.
O impacto no turismo e no dia a dia
Apesar de ser um destino desejado, muitas pessoas estão evitando entrar no mar da praia Central. O auxiliar de veterinária Danilo Reis, que se mudou para Balneário Camboriú há oito meses, opta por praias como a do Buraco ou a Brava, em Itajaí, para fugir dos problemas de balneabilidade.
Soluções a caminho, mas ainda distantes
A qualidade da água tem sido impactada por problemas no sistema de esgoto, incluindo o lançamento de resíduos in natura no rio Camboriú, que deságua na praia. Apesar de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado em 2022 ter levado a melhorias, ainda há muito a ser feito.
A nova gestão municipal planeja a construção de uma estação preliminar de tratamento de esgoto, mas a previsão de conclusão é apenas para 2026. Enquanto isso, a estação existente passou por reformas em 2023, entrando em operação em 2024 e contribuindo para uma leve melhora.
Balneário Camboriú segue como um dos destinos turísticos mais procurados do país, mas a qualidade da água da praia Central é um alerta para visitantes e moradores. Para quem busca praias com águas mais limpas, alternativas próximas, como a Brava, podem ser a melhor opção enquanto as soluções definitivas não chegam.