Homem identificado como Francisco Wanderley Luiz, ex-candidato a vereador em Santa Catarina, tentou invadir o STF com explosivos na noite desta quarta-feira (13). Francisco, que recebeu 98 votos nas eleições de 2020 pelo PL, aproximou-se da entrada do Supremo por volta das 19h30, próximo à estátua da Justiça, e detonou os artefatos. A explosão foi ouvida dentro do prédio, que foi evacuado após o ocorrido.
Investigação e segurança reforçada
A Polícia Federal abriu um inquérito para apurar o caso e realizará varreduras nesta quinta-feira (14) nos prédios do STF e da Câmara dos Deputados. As atividades no STF serão retomadas a partir das 12h, mas o Senado Federal suspendeu os trabalhos.
O homem também era proprietário de um carro encontrado próximo ao Palácio do Planalto. A governadora em exercício do DF, Celina Leão, confirmou que o veículo estava registrado em seu nome. Durante coletiva, ela afirmou: “É o nome que está circulando na imprensa.” O governador do DF, Ibaneis Rocha, em viagem a Roma, declarou: “Maluco tem em todo lugar” e negou falhas na segurança.
Atitudes suspeitas no Congresso
Francisco foi visto circulando pelo anexo 4 da Câmara durante o dia do incidente, local que abriga a maioria dos gabinetes parlamentares. A entrada é liberada mediante passagem por detector de metais, mas sem revista minuciosa.
Em suas redes sociais, Francisco se apresentava como chaveiro, camelô e empreendedor. Horas antes das explosões, publicou mensagens ameaçadoras, mencionando a colocação de bombas em locais estratégicos. Ele também postou uma suposta foto no plenário do STF, cuja autenticidade está sendo investigada.
Repercussão no Congresso
No momento da explosão, a Câmara discutia uma PEC que amplia a imunidade tributária das igrejas. Alguns parlamentares criticaram a continuidade da sessão após o incidente, relembrando os ataques de 8 de janeiro na mesma região.