A Polícia Civil do Paraná, por meio do Setor de Homicídios da 13ª Subdivisão Policial de Ponta Grossa, concluiu no sábado (21) a investigação do homicídio de Ricardo de Oliveira Osinski, de 40 anos, encontrado morto em 26 de março de 2025, nas proximidades da estrada do Alagado. A apuração, que durou cerca de três meses, revelou um esquema criminoso envolvendo apropriação de recursos financeiros, cárcere privado e homicídio.
Três pessoas foram indiciadas: um casal proprietário da clínica de reabilitação “Só por Hoje” — um homem de 51 anos e uma mulher de 54 — e um ex-interno da clínica, de 25 anos, que passou a residir com o casal. A clínica não possuía autorização de funcionamento pela Prefeitura de Ponta Grossa. A vítima realizava tratamento para dependência de álcool no local.
Segundo as investigações, o crime teve início em 11 de março, após Ricardo sofrer um acidente em uma pousada. Após receber alta médica, ele foi mantido em cárcere privado pelos suspeitos, sedado com medicamentos controlados sem prescrição médica e impedido de sair da clínica. Durante esse período, os indiciados se apropriaram de R$ 143.645,75 das contas bancárias da vítima. O homicídio foi executado após os suspeitos perceberem que os desvios poderiam ser descobertos.
Os três foram indiciados por homicídio qualificado (art. 121, §2º, incisos I, III, IV e V do Código Penal), cárcere privado (art. 148), furto qualificado (art. 155, §4º, inciso II) e associação criminosa (art. 288). A soma das penas máximas previstas pode chegar a 45 anos de prisão.
Durante as investigações, a Polícia Civil bloqueou R$ 46.935,81 em contas da vítima, impedindo que fossem transferidos aos suspeitos. Também foi determinado o bloqueio de R$ 31.065,34 em contas do casal e da clínica.
Os três investigados estão presos preventivamente na Cadeia Pública Hildebrando de Souza, em Ponta Grossa. O inquérito será encaminhado ao Ministério Público para o oferecimento da denúncia criminal.
Assessoria de Imprensa