O ano era 1729 e, até aquele momento, nem Ponta Grossa ou o estado do Paraná haviam sido constituídos oficialmente. Em expedição pelo sul do Brasil, desbravadores europeus ainda buscavam por riquezas em território americano e também estavam no processo de formação de colônias, que mais tarde dariam início às primeiras cidades.
Naquele momento, com o Brasil ainda sendo colônia portuguesa, padres jesuítas passaram a ser enviados nas missões junto com os desbravadores, com o objetivo de catequizar povos nativos. Dois anos antes, em 1727, a sesmaria da Conceição ou do Pitangui foi doada à Companhia de Jesus, onde os religiosos estabeleceram a Fazenda Pitangui.
A pedido dos próprios padres jesuítas, foi erguida uma pequena construção de madeira que serviria de oratório, em homenagem à Santa Bárbara do Pitangui.
Conforme os registros históricos, a Capela Santa Bárbara, como ficou conhecida, foi gerida pelos jesuítas até 1759, quando eles foram expulsos pela coroa portuguesa. Com a saída dos jesuítas e a anexação dos bens ali construídos à Portugal, foram poucos os devotos que conseguiram manter a memória religiosa do local.
Ponta Grossa só viria a ser fundada quase um século depois da construção da igreja. A foto acima é de 1940 e mostra a passagem de caçadores pelo local. Atualmente, a Capela Santa Bárbara, que é considerada a primeira igreja da cidade, é tida também como um dos poucos registros concretos da passagem de padres jesuítas pelo Paraná.
Dada a importância histórica do local, a Capela foi tombada pelo Conselho Municipal do Patrimônio Cultural em 2000, tendo as características originais preservadas até os dias atuais.
Fontes: Acervo de Casa da Memória Paraná e Fundação Municipal de Cultura de Ponta Grossa / Conselho Municipal do Patrimônio Cultural (Compac) / Acervo Ponta Grossa Histórica
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