A Polícia Federal encerrou as investigações sobre o Caso Marielle Franco neste último domingo (24), aonde a ex-vereadora do Rio foi assassinada em 14 de março de 2018. Em relatório entregue a Justiça, a investigação identificou os mandantes, executores, intermédios e as motivações do crime.
Neste domingo (24), a Polícia Federal (PF) realizou mandados de prisão contra o deputado federal Domingos Brazão (União-RJ), seu irmão, que é conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio (TCE), Chiquinho Brazão, e o ex-chefe da Polícia Civil do Rio, Rivaldo Barbosa, como deflagração da Operação Murder Inc.
Quem mandou matar Marielle?
De acordo com as investigações, o assassinato da ex-vereadora foi orquestrado pelos irmãos Brazão, Domingos e Chiquinho. Na época do crime, Chiquinho era vereador, junto de Marielle.
O delegado Rivaldo Barbosa, atualmente preso, tinha um acordo com os irmãos Brazão para evitar que eles fossem responsabilizados. O ex-titular da Delegacia de Homicídios, Giniton Lages, teve sua conduta investigada pela PF, que também foi alvo de busca e apreensão.
Quem executou o crime?
O assassinato de Marielle Franco foi cometido pelo ex-policial militar, Ronnie Lessa, que foi preso em 2019, por sua participação nos assassinatos de Marielle e do motorista Anderson Gomes. Lessa havia sido expulso da PM e foi condenado em 2021, a quatro anos e meio de prisão pela ocultação das armas utilizadas no crime. Ronnie realizou uma delação aonde relatou e apontou os irmãos Brazão como mandantes do assassinato.
O ex-sargento da PM, Élcio de Queiroz, dirigia o veículo em que Lessa estava no momento do crime, que foi preso, também em 2019, realizando uma delação premiada. O ex-sargento do Corpo de Bombeiros, Maxwell Simões Corrêa, conhecido como Suel, é outro envolvido no caso e é acusado de fornecer um carro para a quadrilha, esconder as armas após o crime e ajudar no descarte das mesmas.
Qual a motivação do crime?
O autor dos disparos, Ronnie, revelou em sua delação, que no segundo trimestre de 2017, Chiquinho Brazão demonstrava reações descontroladas com a atuação de Marielle para apertar a votação do projeto de Lei à Câmara Nº 174/2016.
Neste projeto, o mandante buscava a regularização de um condomínio inteiro na região de Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio, que não respeitava o critério de área de interesse social. O objetivo era obter o título da propriedade para especulação imobiliária.
As informações foram retiradas do Portal Último Segundo, do IG Mail.