O governo federal descartou a possibilidade de instituir o horário de verão este ano. A decisão foi anunciada hoje (16), pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, após uma reunião com representantes do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
“Chegamos à conclusão de que não há necessidade de decretação do horário de verão para este período, para este verão”, declarou Silveira, durante coletiva de imprensa na sede do ministério, em Brasília. Ele destacou que o país possui segurança energética assegurada e que, após o verão, será possível avaliar a volta desta política para o verão de 2025/2026.
“É importante que esta política seja sempre considerada”, afirmou o ministro. Ele ressaltou que o horário de verão deve ser avaliado de forma abrangente, considerando tanto os impactos energéticos quanto econômicos.
Silveira também comparou a adoção do horário de verão em outros países, como a França, que adota a medida principalmente para impulsionar a economia. No Brasil, a iniciativa foi implementada pela primeira vez em 1931, mas sofreu várias interrupções ao longo dos anos.
A decisão atual vem após uma análise do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), que relatou a pior seca já registrada no país. O governo cogitou a medida para enfrentar o desafio, mas decidiu manter os horários atuais devido à recuperação parcial dos reservatórios.
Popularidade da Medida
De acordo com uma pesquisa Datafolha, realizada nos dias 7 e 8 de outubro, o retorno do horário de verão divide os brasileiros: 47% são favoráveis e 47% são contrários à medida. Além disso, um levantamento da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) indicou que 54,9% da população apoiam a implementação do horário de verão, o que reflete o impacto da medida em setores como turismo e lazer.
Agência Brasil