Técnico de enfermagem nos Estados Unidos tem pulmão perfurado devido ao uso excessivo de cigarro eletrônico (vape).
Jonathan Belcher, de 22 anos, foi hospitalizado em abril na Virgínia, devido a uma grave lesão no pulmão esquerdo, semelhante a um buraco, que resultou na escape de ar pela caixa torácica.
“Acordei com a sensação de que estava morrendo, sentia muita dor a cada respiração. Era como se houvesse um balão no meu peito prestes a estourar”, resumiu o jovem de 22 anos.
O jovem precisou passar por uma cirurgia para drenar o ar e remover 1/4 do pulmão, permitindo a costura do órgão e a recuperação da capacidade respiratória.
Belcher, que fumava o equivalente a 20 cigarros por dia em cigarros eletrônicos, alerta sobre os riscos do vape e ressalta a importância de abandonar o vício para evitar consequências graves.
“Entendo que é difícil deixar o vício, mas temos que saber que não é uma questão de se isso vai acontecer com quem usa vape, é só uma questão de quando”, alertou Balcher.
Atualmente o jovem está afastado do trabalho, ele enfrenta dificuldades até para falar após o colapso pulmonar.
VAPE FAZ MAL?
Um estudo realizado por pesquisadores da University at Buffalo e do Aruna Asaf Ali Government Hospital revelou que o uso de cigarro eletrônico (vape) aumenta em 33% o risco de infarto do miocárdio. O estudo avaliou 585 mil pessoas e constatou que o composto químico propilenoglicol presente no vape, utilizado para diluir a nicotina, pode liberar substâncias nocivas ao ser aquecido, como tolueno, acetaldeído, formaldeído e benzeno, que podem contribuir para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares. Essas descobertas sobre os impactos do cigarro eletrônico no organismo foram um dos motivos que levaram a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a não regulamentar a comercialização do vape no Brasil.
Fonte: Uol