
A forte chuva de granizo registrada em 24 de novembro deixou diversos bairros de Ponta Grossa com telhados danificados, infiltrações e estruturas comprometidas. A Defesa Civil segue realizando atendimentos e alerta para riscos ainda presentes em construções afetadas.
Com a retomada do tempo estável, muitos moradores já iniciaram reparos emergenciais. Porém, profissionais recomendam cautela antes de qualquer intervenção improvisada.
Cuidados ao avaliar e reparar o telhado
O Engenheiro Civil Matheus Bloinski destaca a importância de analisar a estrutura antes de substituir telhas danificadas:
“A telha quebrada é o dano mais evidente, mas a madeira de apoio pode ter absorvido água ou sofrido impacto. Verificar ripas e caibros evita infiltrações recorrentes no futuro”, afirma Bloinski.
Entre as recomendações principais estão:
- Evitar subir sozinho no telhado;
- Usar calçados antiderrapantes;
- Conferir inclinação, ripas e caibros;
- Não realizar reparos durante umidade excessiva;
- Utilizar lonas apenas como solução temporária.
Materiais adequados e mais resistentes
As telhas de fibrocimento de maior espessura são muito indicadas porque oferecem uma resistência maior diante do impacto causado por chuvas fortes ou com granizo – como a que ocorreu em Ponta Grossa. Elas são ideais por serem de reposição rápida e segura.
Além disso, para garantir a proteção e evitar maiores problemas futuros, outras ações também são recomendadas:
- Mantas térmicas sob as telhas, que ajudam a amortecer impactos;
- Fitas vedantes para pequenos reparos emergenciais;
- Madeiramento de reposição** para ripas ou caibros comprometidos;
- Lonas de cobertura como medida provisória para impedir infiltrações enquanto o reparo não é concluído.
A empresária Camila Ribas Antunes, que atua no varejo de materiais de construção e acabamentos em Ponta Grossa, relata que houve um aumento expressivo na procura por telhas, lonas e materiais de vedação logo após a chuva.
“O movimento cresce muito em situações como essa, mas sempre orientamos os consumidores a verificarem se o modelo da telha é compatível com o que já possuem. Em momentos de urgência, muitas pessoas acabam comprando peças diferentes do padrão da casa, o que impede o encaixe correto”, explica Camila.
Ela reforça também a importância de buscar orientação técnica quando necessário:
“Às vezes, a troca de telhas resolve o problema momentaneamente, mas o ideal é sempre avaliar se há infiltração, madeira comprometida ou pontos que precisam de reforço.”

A tempestade deixou um rastro de danos, mas especialistas afirmam que a reconstrução segura depende da combinação entre avaliação correta dos danos e escolha adequada dos materiais. Telhas mais espessas, cerâmicas de alta densidade e reforço estrutural podem garantir mais resistência em futuros episódios de granizo, cada vez mais frequentes na região.
Para os moradores, a orientação é clara: agir com atenção agora evita retrabalho e garante proteção duradoura nos próximos períodos de instabilidade.
Assessoria de Imprensa