A Polícia Civil do Paraná, por meio do setor de homicídios da 13ª Subdivisão Policial de Ponta Grossa, concluiu as investigações sobre o homicídio do recém-nascido Gustavo Moreira, ocorrido em 19 de agosto de 2025. A criança foi morta logo após o parto pela própria mãe, de 19 anos.
O caso teve início quando a jovem procurou atendimento médico alegando sofrer de hemorroidas. Durante a consulta, os profissionais identificaram sinais de um parto recente. Questionada, ela afirmou inicialmente que o bebê havia nascido sem vida. As investigações, no entanto, comprovaram que o recém-nascido nasceu vivo e foi morto pela mãe.
Em depoimento, a suspeita declarou que não queria a criança porque o suposto pai teria se negado a assumir a paternidade. Três homens chegaram a ser apontados como possíveis genitores e forneceram material genético para exame de DNA, entre eles um adolescente de 17 anos.
O laudo necroscópico confirmou que o bebê nasceu com vida e apontou como causa da morte um traumatismo craniano provocado por objeto perfurocontundente compatível com tesoura. O corpo apresentava múltiplas perfurações.
Com base nas provas e na confissão da jovem, ela foi indiciada por homicídio qualificado e ocultação de cadáver. O homicídio foi considerado qualificado por motivo torpe — a intenção de manter a vida de solteira e esconder a gravidez —, meio cruel, impossibilidade de defesa da vítima, prática contra menor de 14 anos e contra o próprio filho.
A investigação também apontou que a jovem tinha conhecimento da gestação e tentou interrompê-la em diferentes momentos, além de ocultar a gravidez de familiares e conhecidos. As autoridades concluíram que ela agiu com dolo e premeditação.
O inquérito foi encaminhado ao Poder Judiciário para análise do Ministério Público. As penas previstas podem chegar a até 50 anos de prisão.
Assessoria de Imprensa