A Polícia Civil de Ponta Grossa, por meio do setor operacional, prendeu preventivamente uma mulher de 42 anos acusada de aplicar golpes em idosos por meio de fraudes ligadas a empréstimos consignados. A investigada se aproveitava da vulnerabilidade dessas pessoas, especialmente daquelas com quem mantinha vínculos de confiança, para oferecer falsas promessas de redução nas parcelas de empréstimos já contratados.
O esquema funcionava de forma elaborada: a golpista oferecia a suposta possibilidade de portabilidade da dívida para outra instituição financeira, com parcelas menores. No entanto, em vez de quitar os empréstimos existentes, ela abria novos contratos fraudulentos em nome das vítimas. Para justificar transferências bancárias, alegava problemas técnicos nos sistemas financeiros, inventava supostos direitos a restituições do INSS, orientava as vítimas a desconsiderarem cartões ou boletos que recebessem e realizava transferências via PIX para simular pagamentos de benefícios.
Em um dos casos investigados, a vítima — um aposentado cuja esposa trabalhava como diarista para a acusada — teve um prejuízo de aproximadamente R$ 110.639,77. A mulher realizou múltiplos empréstimos fraudulentos em diferentes bancos, coletou a biometria da vítima sem consentimento, abriu contas bancárias em seu nome, transferiu o recebimento da aposentadoria para uma conta sob seu controle e realizou a antecipação do 13º salário da vítima.
Segundo a investigação, a mulher tem pelo menos outros 14 registros de investigações e boletins de ocorrência em seu nome no Paraná, incluindo um inquérito já com denúncia oferecida pelo Ministério Público.
Mesmo após ser interrogada diversas vezes, a investigada continuou praticando os crimes, demonstrando completo desprezo pelas leis e fazendo do estelionato seu modo de vida.
A autoridade policial representou pela decretação da prisão preventiva, considerando a reincidência dos crimes, o risco concreto de continuidade delitiva, o aproveitamento da vulnerabilidade dos idosos e o desrespeito ao sistema de justiça.
A Polícia Civil orienta a população — especialmente os idosos — a desconfiar de propostas milagrosas de redução de empréstimos, não fornecer dados pessoais ou biometria a terceiros, sempre consultar diretamente as instituições financeiras sobre portabilidade de dívidas, comunicar imediatamente à polícia qualquer suspeita de fraude e verificar regularmente extratos bancários e benefícios previdenciários.
O caso reforça a importância do combate aos crimes contra idosos e a necessidade de proteção aos grupos mais vulneráveis da sociedade.
Contato para denúncias e informações: WhatsApp (42) 3219-2757.
Assessoria de Imprensa
